segunda-feira, agosto 28, 2006

Depressão Tecnológica

Ontem à noite estive a conversar com uma Hamburguesa McBacon sobre a vida, e a certa altura falámos sobre o blog:

Hamburguesa McBacon: e tu que andas por aqui a fazer?
fonzie: eu tava a tentar arranjar criatividade pra um novo post no meu blog

Hamburguesa McBacon: vai ver a novela,pá!
fonzie: n gosto de novelas...

Hamburguesa McBacon: ah....podes dissertar sobre o poder das tecnologias de nos porem deprimidos! pelo menos a mim!


A sugestão da Hamburguesa era trocista e reflectia o desespero resultante do desaparecimento de fotografias no acrílico de um cd. De inicio pareceu-me um autêntico disparate e pensei mandá-la à mostarda, mas passado uns segundos cheguei à conclusão de que a sugestão era na realidade excelente: um tema actual, polémico, multifacetado e verdadeiramente entranhado na essência dos desafios sócio-culturais do presente e do futuro.

(Turkish vai buscar o dicionário, este post está cheio de palavras novas pra ti).

Mas será que a tecnologia nos deprime? Vejamos as provas:

1) Hoje em dia é raro o emprego que não exija um contacto intimo (não sexual) com a tecnologia. Se forem ao dicionário ver os significados de director, gestor, quadro intermédio, etc, encontrarão a seguinte definição:
"função que requere uma mesa com computador e um palerma a olhar para o monitor o dia todo a fingir que está a usar o powerpoint". Não quero generalizar, mas todos estes trabalhadores são uns inúteis, e acabam por desenvolver uma baixa auto-estima que mais tarde se transforma em depressão.

2) As relações sociais foram degradadas com o aparecimento dos mirc's e dos messenger's. Façam este exercício: da próxima vez que estiverem ao pé de alguém que esteja a comunicar no messenger, olhem para a cara da pessoa mas não para o monitor. Que perspectivas de sanidade pode ter a nossa sociedade (até rima) quando os jovens passam o dia a rir ou a chorar para um monitor? A verdade é que precisamos de contacto humano directo para manter o nosso equilibrio emocional.

3) E os blogs? Têm alguma dúvida que eles deixam os autores e os leitores deprimidos? Se tiverem, vão ler o Mundo da Chapa. (gosto mto de ti rita)

4) Actualmente tecnologia = eremitismo. As famílias não tiram o cú do sofá durante o fim de semana. E de que forma é que isso nos deixa mais deprimidos? O professor explica: está mais que provado que o sol é um importante mecanismo para evitar a depressão. Os raios ultravioletas atravessam os nossos olhos, iniciam um complexo mecanismo químico que acaba por estimular a produção de serotonina, um químico central para determinar a nossa disposição e precisamente aquele onde actuam os anti-depressivos da familia do prozac. Como ninguém quer sair de casa para apanhar sol, as vendas de anti-depressivos atingem máximos históricos ano após ano.

Para a depressão sazonal existem até uns aparelhos especiais que emitem uma lumisonidade que simula o efeito do sol e que as pessoas compram para ter em casa. Isto fez-me chegar à seguinte conclusão: a nossa vida consiste em estar 24h com os cornos enfiados em caixas que emitem luz. Senão vejamos:
. Acordamos com o alarme, uns números encarnados que brilham na escuridão do quarto e para os quais olhamos repetidamente de 10 em 10 minutos até estarmos atrasados e saltarmos da cama
. Vamos à cozinha tomar o pequeno almoço e abrimos a porta do frigorífico; acende-se instantâneamente uma luz e ficamos a olhar lá pra dentro à procura do alimento que nos vai trazer satisfação
. Vamos para o emprego e passamos o dia todo no computador, a olhar para um monitor
. Voltamos para casa e vamos pro sofá ver as notícias nessa caixinha mágica chamada televisão
. Vamos para a cozinha preparar o jantar e usamos o micro-ondas; enquanto a comida aquece ficamos a olhar lá pra dentro, na expectativa de que os segundos passem mais depressa
. Por vezes voltamos para a televisão ou para o computador

Se não existissem estas caixinhas, quais instrumentos do demónio, seríamos todos mais felizes.

5) Choque tecnológico: chavão que ganha eleições e depois deprime um povo. Durante uns meses ainda pensámos ser possível viver num país tecnológico, mas depois caímos na realidade. Afinal, isto é que é portugal:




Todos estes exemplos demonstram que tecnologia => depressão. Quanto mais evoluirmos em termos tecnológicos, mais deprimidos seremos. É por isso que os nórdicos se suicidam aos molhos...

sábado, agosto 19, 2006

Listas de sonho

Esta semana há mais um jackpot no euromilhões, o que é sempre noticia de destaque mas que se está a tornar repetitiva, e se pensarmos bem, o facto de acontecer várias vezes tem mais de negativo do que de positivo.

Eu quase nunca jogo. A última vez que o fiz foi há uns meses atrás porque o meu chefe e a minha equipa estavam a fazer uma vaquinha e eu decidi participar. (esta frase pode ser tão mal interpretada...)

Básicamente ganhámos uns eurozitos que serviram para cobrir uma parte dos custos, mas o mais divertido foi imaginar o que iríamos fazer com a "guita toda" se ganhássemos. Casas espalhadas pelo mundo, barcos, aviões, grandes festas, viagens intermináveis, meter uma parte no banco e ficar a viver dos rendimentos.

A verdade é que hoje voltei a pensar no assunto e parece-me uma atitude muito egoísta. Dedici que se ganhar o euromilhões vou dar 1 milhão de dólares a cada pessoa duma lista de 10, constituída por 5 amigos e 5 familiares.

Esta declaração tem valor jurídico, os leitores do blog são testemunhas.

Para me ajudar a escolher quem fará parte dessa lista os concorrentes deverão escrever nos comentários a este post o que fariam com o tal milhão de dólares. Obrigado pela vossa partipação.

sábado, agosto 12, 2006

Mamocas



Depois de um post chato, nada como conversar sobre seios para equilibrar o karma do blog. Estas montanhas situadas na China assemelham-se a essa maravilha da natureza que deus criou para trazer felicidade ao homem, leite aos bebés e complexos às mulheres.

No meu acaso acho que a fixação por maminhas começou quando era um espermetazóide. Ganhei a corrida ao óvulo porque me disseram que havia um show strip lá dentro. Era mentira e passei 9 meses na penúria, a vê-las do lado contrário. Ao nascer pensei que ia chegar o momento para compensar todo aquele sofrimento, mas a minha mãe decidiu não me amamentar. Disse-me que gostava de mim só como amigo... (dude, that's gross). Ao longo da minha infância as amigas eram todas tábuas, o que foi desesperante e alimentou a minha obsessão. Na adolescência, quando algumas amigas começaram a ver os seus atributos a nascerem como cogumelos, era comum ver baba a escorrer pelo meu queixo. O primeiro toque foi um momento emocionante, entusiasmante. O primeiro contacto visual foi fascinante, inesquecível. E vou ficar por aqui porque este blog não é pornográfico e já há leitores a ficarem excitados.

Enfim, apesar de tudo acho que não sou dos mais obsecados. Conheço relacionamentos que não resultaram porque o macho só queria tocar nelas... desde o primeiro encontro! Nem quero imaginar a história dele para ter atingido esse nível de obsessão.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Médio Oriente

Vou usar o meu blog para partilhar pensamentos sobre o assunto. Este vai ser um post sério, não vou brincar com o assunto porque é sério e porque a minha opinião por si só é radical q.b. para suscitar ódio alheio.

Só para "take the edge off", e porque penso que muita gente não chegou a ver, vou deixar-vos um link para as famosas caricaturas que causaram tantos protestos pelo mundo Árabe.

Em relação ao conflito em si, vamos olhar um pouco para o passado e para as suas origens. Ao longo da história a região da Palestina nunca foi um país com fronteiras definidas até que em 1920, após o fim da 1ª Guerra Mundial e o colapso do Império Otomano, foram instituídas fronteiras políticas sob o Mandato Britânico. Resumindo muito o problema, em 1947 as Nações Unidas determinaram que a região da Palestina (mais ou menos o equivalente a Israel actual) deveria ser dividida entre um Estado Judeu, um Estado Árabe e Jerusalem seria uma cidade internacional detida a meias pelos dois. Os Estados Árabes ficaram revoltados com essa decisão e a parte judaica, que tinha acabado de ser declarada Estado de Israel pelo líder Zionista David Ben-Gurion, foi invadida. Os judeus acabaram por vencer a guerra e alargaram as fronteiras (cobrindo toda a região Palestina do Mandato Britânico, excepto a parte Oriental de Jerusalem que ficou sob domínio da Jordânia) aderindo depois às Nações Unidas e obtendo o reconhecimento como Estado por mais de 50 países. Em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel conquistou a parte que lhe "faltava" de Jerusalém, para além da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. Nessa parte Oriental de Jerusalém ainda hoje a maior parte da população é Arabe, e aí se encontram alguns dos mais importantes locais sagrados, tanto Islâmicos como Judaicos. A Autoridade Nacional Palestina pretende actualmente recuperar os territórios perdidos em 67 e tornar Jesuralém Oriental na capital de um futuro Estado Palestiniano, e Israel nunca permitirá isso.

Pronto, já chega de história senão o meu blog vai ficar tão boring como outros que eu conheço e que vocês sabem muito bem quais são.

As minhas opiniões:

1) Penso que este conflito não tem solução pacífica possível, apesar da excelente contribuição do nosso ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros com a ideia de organizarmos uma Liga de Futebol Euro-Árabe (yes, irony). A verdade é que nesta negociação não existe pura e simplesmente uma área potencial de convergência.
2) O problema é actualmente de todos nós que vivemos no ocidente desenvolvido. O ódio que este conflito gera em todos os países Árabes é a principal fonte do terrorismo mundial, o mesmo que atacou as Nova Iorque, Madrid e Londres.
3) Associado ao conflito existe também um forte antagonismo religioso, cultural e civilizacional.
4) Neste momento da história os países Árabes e as organizações terroristas não têm ainda a capacidade de fazer verdadeiros estragos, mas há-de chegar o dia em que vão ter acesso a armas de destruição maciça. Não sei se estão bem a perceber, eles vão ter a capacidade de matar milhões de pessoas num ataque. E nós não vamos conseguir sempre evitá-los...
5) Como eu não acredito que seja possível obter uma solução diplomática, sou a favor duma guerra preventiva generalizada no Médio Oriente. Uma guerra com uma componente militar muito agressiva, que altere drásticamente o "chip" do mundo árabe, tal como o "chip" japonês foi alterado em 1945.
6) Uma possível alternativa seria ter o seguinte discurso: "Por cada ataque terrorista no Ocidente, uma bomba atómica cairá no Médio Oriente". É tão bom que até rima. "Agora pensem bem queridos líderes árabes...".

Não costumo ter opiniões tão radicais, mas estou mesmo preocupado e tenho a sensação que a nossa geração vai presenciar nos próximos 10-20 anos a um ataque verdadeiramente brutal e de larga escala, numa proporção que vai fazer o ataque às Torres Gémeas parecer um carinho.

Deixo-vos a pensar com a letra e som de Oh Jerusalem, do Unplugged da Lauryn Hill.

"Oh Jerusalem"

Oh Jerusalem yeah, oh Jerusalem, oh Jerusalem, oh Jerusalem...

Realizing that there's no place else to go
And there's nobody I know who can help me
Text book solutions are so improbable
Cuz everybody else is just as empty
Naked as the day that I was born, I tried to hide
...behind education and philosophy
Hopeless explanation to describe a situation
I can't see because the world's on top of me
Oh wretched man that I am, who will deliver me
From the body of this death
Freeing me from dust, and the superficial trust
Of an enemy that seeks to take my breath
Failing to connect, cuz I'm morally defect
By reason of the God inside my head
Causing me to see, only what pertains to me
Believing I'm alive when I'm still dead
Limited to earth, unable to find out my worth
Cuz I... can't see past my own vanity
If I'm not included, then I just have to remove it
From my mind because it has to be in sanity
Oh wretched man that I am, who will deliver me
From the body of this death
Can I even factor, that I've only been an actor
In this staged interpretation of this day
Focused on the shadow, with my back turned to the light
Too intelligent to see it's me in the way
What a paradox, having God trapped in a box
All this time professing to be spiritual
Naturally pretending, that I'm actually defending
God (?) don't need material

Oh Jerusalem, wash thy heart from wickedness
That thou may be saved from thy deception
How long, shall thy face those lies within thee
Oh Jerusalem, keeping thee from perfection

Submit to truth, leave the deception of thy youth
So we could walk in the council of authority
Forget the proof, our generation so aloof
Only follow in the steps of the majority
Trust in the Lord, with all thy heart
And lay not to thine, oh an understanding in all thy ways
Acknowledge Him, and He shall correct our paths
Be (?) you can follow him
We judge and condemn, just as ignorant as them
Who religion tells us that we should ignore
Perpetrating we're in covenant with Him
Exposed by the very things that we adore
We grin and shake hands, then lay ambush for the man
Who has a different point of view then us
Infuriated cuz he doesn't understand
Bringing up those things we don't want to discuss
Why still do evil, we don't know how to do good
Walking on in darkness running from the light, ey
Led to believe, because we live in neighborhoods
Telling us what's going on will be alright
Oh so repressed, so convinced that I was blessed
When I played with my game of Monopoly
Oh to suggest, that my life is still a mess
Who reveal the pride I'm hiding is what's stopping me

Oh Jerusalem, wash thy heart from wickedness
That thou may be saved from thy deception
How long, shall thy face those lies within thee
Oh Jerusalem keeping them from perfection

Abide in me and I in you, as the branch cannot bare
...fruit of itself except in the vine
I am the vine, ye are the branches, He's in live in me
And I in him, the same bring forth much fruit
Without me, you can do nothing
Oh Jerusalem, you're traditions have deceived you
I've chosen you, you haven't chosen me
Do whatsoever, you asking my name he may give to you
But in vain they call my name
teaching doctrines just the same
Justified among themselves
But God know with the heart, what man esteemed as smart
Is an abomination to Emmanuel
Just repent, turn from selfish motivation
So iniquity will not cause your demise
Make you a new heart and a new spirit
...for why would he die
Oh Jerusalem, please tell me why
I have no pleasure in the death of him to die
Says the Lord God where forth turn yourselves and live
It's not the talkers, but the walkers and his word
Are the only ones the Father will forgive

Oh Jerusalem, wash thy heart from wickedness
That thou may be saved from thy deception
How long, shall thy face those lies within thee
Oh Jerusalem, providing you no protection

Oh Jerusalem...

segunda-feira, agosto 07, 2006

A hipocrisia sob o efeito de drogas

O UK Science and Technology Select Committee, que aconselha o governo britânico em diversos assuntos, publicou recentemente os resultados duma avaliação que fez a 20 estimulantes legais e ilegais, determinando que:

1) Em termos de perigo, os cigarros e o alcóol ultrapassam claramente o ecstacy, o LSD e os canabinóides.
2) Existe um enorme discrepância entre o perigo de cada substância ilícita e a sua classificação legal (Classe A,B,C) que determina, entre outras coisas, quantos anos de prisão um individuo pode apanhar.

Classe A: Heroína, Cocaína, Ecstacy, Cogumelos Mágicos
Classe B: Speed, Barbitúricos
Classe C: Canabinóides, alguns tranquilizantes.

Pelo lado positivo, é de realçar a recente "despromoção" dos canabinóides a classe C, o que foi uma decisão justa e inevitável, mas que veio tarde e só surgiu após a pressão mediática da banda The Streets. Deixo-vos com o som e a letra da música "The irony of it all", que foi single no Reino Unido:



[Drinker]
Hello, Hello
My name's Terry and I'm a law-abider
There's nothing I like more than getting fired up on beer
And when the weekend's here
I exercise my right to get paralytic and fight
Good bloke fairly
But I get well leery when geezers look at me funny
Bounce 'em round like bunnies
I'm likely to cause mischief
Good clean grief you must believe
And I ain't no thief, law-abiding and all, all legal
And who cares about my liver when it feels good?
What you need is some real manhood
Rasher, Rasher, burning cash up
Putting people's backs up
Public disorder, I'll give you public disorder
I down eight pints and run all over the place
Spit in the face of an officer
See if that bothers ya
'Cause I never broke a law in my life
Some day I'm gonna settle down with a wife
Come on lads let's have another fight

[Marijuana Smoker]
Um, Hello
My name's Tim and I'm a criminal
In the eyes of society I need to be in jail
For the choice of herbs I inhale
This ain't no wholesale operation
Just a few eighths and some Playstation's my vocation
I pose a threat to the nation
And down at the station the police hold no patience
Let's talk space and time
I like to get deep sometimes
And think about Einstein and Carl Jung
And old Kung Fu movies I like to see
Pass the hydrator please
Yeah, I'm floating on thin air
Going to Amsterdam in the New Year - top gear there
'Cause I take pride in my hobby
Home-made bongs using my engineering degree
"Dear leaders, please legalize weed for these reasons."

[Drinker]
Like I was saying to him
I told him, "F**k with me and you won't live."
So I smacked him in the head and downed another Carling
Bada Bada Bing
For the lad's like, mad fight
His face a sad sight, Vodka and Snake Bite
Going on like a right geez
He's a twat!
Shouldn't have looked at me like that
Anyway, I'm an upstanding citizen
If a war came along I'd be on the front line with 'em
Can't stand crime either, them hooligans on heroin
Drugs and criminals
Those thugs are the pinnacle of the downfall of society
I've got all the anger pent up inside of me

[Marijuana Smoker]
You know, I don't see why I should be the criminal
How can something with no recorded fatalities be illegal?
And how many deaths are there per year from alcohol?
I just completed Gran Turismo on the hardest setting
We pose no threat on my setee
Ooh the pizza's here, will someone let him in please?
We didn't order chicken
Not a problem, we'll pick it out
I doubt they meant to mess us about
After all we're all adults, not louts
As I was saying, we're friendly peaceful people
We're not the ones out there causing trouble
We just sit in this hazy bubble with our quarters
Discussing how beautiful Gail Porter is
MTV, BBC 2, Channel 4 is on until six in the morning
Then at six in the morning the sun dawns and it's my bedtime

[Drinker]
Causing trouble?!
Your stinking rabble boys
Saying I'm the lad who's spoiling it
You're on drugs
It really bugs me when people try and tell me I'm a thug
Just for getting drunk
I like getting drunk
'Cause I'm an upstanding citizen
If a war came along I'd be on the front line with 'em

[Marijuana Smoker]
Now Terry, you're repeating yourself
But that's okay, drunk people can't help that
A chemical reaction happening inside your brain causes you to forget what you're saying

[Drinker]
What?
I know exactly what I'm saying
I'm perfectly sane
You stinking student lame-o
Go get a job and stop robbing us of our taxes

[Marijuana Smoker]
Um, well actually according to research
Government funding for further education pales in insignificance
When compared to how much they spend on repairing leery drunk people at the weekend
In casualty wards all over the land

[Drinker]
Why you cheeky little swine, come here!
I'm gonna batter ya!
Come here!

sábado, agosto 05, 2006

Música

A filósofa Alanis Morissette uma vez disse: "I started making music because I could".

Eu sinto o mesmo. Adicionei música ao meu blog porque podia. E cada vez que tiver uma nova "música do momento", ela será partilhada. Além disso aceitarei pedidos de músicas para optimizar a interactividade com os meus leitores.

Se tiverem dificuldades técnicas... desenrasquem-se.

O futuro das relações hierárquicas verticais

Hoje li uma notícia sobre uma jovem inglesa de 21 anos que foi despedida por SMS. Era assistente numa loja de roupa até que há uns dias atrás a chefe lhe escreveu uma mensagem a explicar como estava insatisfeita com as vendas, terminando com a seguinte frase: "We will not require your services any more. Thank you" (ouch... that's gotta hurt)

Confrontada com as queixas da empregada sobre o meio de comunicação utilizado, a chefe respondeu: "Our staff are part of the youth culture that uses texts as a major means of communication"

Adoro o argumento, mas fiquei preocupado porque há uns dias atrás troquei uns SMS com a minha chefe (vamos chamá-la Gertrudes) sobre uns testes de formação em que a nota mínima é de 90%:

FONZIE: "Gertrudes, ontem depois da reunião acabou por não me dizer os resultados do teste... passei ou chumbei?"
GERTRUDES: "Hum!"

F: "Hum? O que é que a expressão representa em termos quantitativos?"
G: "100%. Boa"

F: "Ah... Nem acredito, estava com medo de chumbar. Devia ter jogado no euromilhões nesse dia."
G: "Ah Ah... Engraçado! Agora que estiveste a brincar vê se vendes alguma coisa!"

F: "Sim chefe! Vender vender vender!"
G: "Isso mesmo!"

Esta é uma história absolutamente verídica. E hoje, ao ler a notícia do despedimento por SMS, particularmente a tentativa frustrada da chefe em absorver e reproduzir a cultura jovem, fiquei a pensar: "E se a minha Chefe fosse como ela e eu tivesse chumbado o teste?":

FONZIE: "Gertrudes, ontem depois da reunião acabou por não me dizer os resultados do teste... passei ou chumbei?"
GERTRUDES: "Fds..."

F: "Fds? O que é que essa expressão significa em termos quantitativos?"
G: "Nega. Temos pena m tás fdd."

F: "O quê?!? Não posso repetir o teste?!?"
G: "Trankilo puto, tava a reinar. lol"

F: "Uff... Obrigado Chefe."
G: "Agora vê se empinas bem aquela cena chaval, senão serei eu própria a limpar-te o sebo. ;) Dá-lhe."

Será este o estilo de liderança da nossa geração quando/se chegarmos a chefe?

quinta-feira, agosto 03, 2006

Blogs

Sei que pode parecer absurdo escrever isto agora, mas a verdade é que nunca consegui compreender a histeria colectiva pelos blogs.

Sou incapaz de pesquisar blogs na net para ver o que as outras pensam sobre a actualidade desportiva, política, económica, tecnológica, social, cultural... enfim, qualquer que seja o tema, sinto que é uma enorme perda de tempo. Gosto de me informar, todos esses temas interessam-me, mas sou antiquado e prefiro ler jornais e revistas onde pelo menos uma parte dos jornalistas escrevem bem, sem smilies e abreviaturas cibernáuticas, com fontes seguras, relatando factos, e onde alguns cronistas são intelectuais enciclopédicos com ideias interessantes.

De vez em quando gosto de ler blogs de pessoas amigas, com quem sei que me identifico, de quem valorizo a opinião, de quem conheço a cara, com quem já convivi. E isto faz sentido porque quando se conhece alguém dá-se início no nosso cérebro ao processo de construção de um puzzle sobre a outra pessoa, em que cada palavra, expressão, acção representa uma peça. Mas esse puzzle não tem fim, não tem cantos, quem o constrói termina-o apenas ao morrer. E como a personalidade de cada de nós é um processo evolutivo e em constante mutação, ao despedaçar-se o puzzle acaba inacabado. (que final tão dramático para um parágrafo tão poético-filosófico...)

Isto tudo para dizer algo muito simples: o blog será escrito para quem já tem algumas peças do meu puzzle. E através da sua leitura espero que se divirtam e que consigam juntar mais peças.