sábado, abril 28, 2007

Desilusão Energética

Blackouts e picos de tensão são o pão nosso de cada dia aqui por estes lados, mas felizmente existe uma máquina chamada "gerador" que, partir dum combustível (normalmente gasóleo), produz electricidade. (uau...)

O problema poderá colocar-se quando o gerador se avaria numa sexta feira ao final da tarde e a equipa de electricistas e mecânicos só pode vir na manhã seguinte. Janta-se com velas, morre-se de calor por falta de ar condicionado, passeia-se com lanternas, deita-se mais cedo... e desespera-se pelo facto dos bons hotéis da cidade estarem todos cheios.

Isto hipotéticamente falando, claro, nunca me aconteceu, muito menos ontem a partir das 18h.

sábado, abril 21, 2007

Directamente do Expresso

Fusão na construção

Grupo Lena compra Abrantina e quer ser a terceira maior empresa nacional do sector. Rumores de mais fusões animam mercado
A concentração no sector da construção e obras públicas conhece um novo fôlego com a compra da construtora Abrantina pela Lena Construções. O negócio, cujo montante não foi revelado, foi concretizado na passada quinta-feira. Contactados pelo Expresso, nem o presidente da Lena, Joaquim Vieira Rodrigues, nem o seu homólogo da Abrantina, Marques dos Santos, quiseram fazer qualquer comentário. A operação dará origem a uma empresa que ficará entre as quatro maiores do sector nacional de construção e obras públicas com um volume de negócios estimado para 2007 próximo dos 600 milhões de euros. Valor que será possível atingir porque, além da compra, a Lena Construções passará a integrar também os negócios industriais do grupo Lena (betão e inertes).

A aproximação destes dois grupos de carácter vincadamente familiar cria algumas sinergias e complementaridades. Com a compra da Abrantina, liderada pela família Marques dos Santos, a empresa de Leiria que tem uma forte presença nas obras públicas (estradas) obtém um reforço significativo na construção civil, sobretudo na área de construção de edifícios e imobiliário. O grupo liderado pela família Rodrigues expande também a sua área de internacionalização para a Malásia ao mesmo tempo que consegue reforçar a presença na Roménia, Angola, Moçambique, Argélia e Brasil. O grupo Lena passará a facturar por ano mais de 900 milhões de euros (520 milhões no ano passado). Além da construção o grupo de Leiria tem interesses, no imobiliário, turismo, comunicação social, automóvel, ambiente, energias e biotecnologia.

Mas o processo de consolidação no sector, retomado com a compra da Sopol e da espanhola Sarríon pela OPCA, poderá ter mais desenvolvimentos. Fontes do mercado admitem a hipótese de negociações entre a OPCA a Edifer e Construtora do Tâmega, mas desmentidas pelos seus presidentes Filipe Soares Franco e Vera Pires Coelho.

quinta-feira, abril 19, 2007

Directamente do Baú

terça-feira, abril 17, 2007

Percursos Opostos

Os mais atentos talvez se recordem da seguinte tirada do nosso filósofo Durão Barroso para justificar o próprio percurso político: "Aos 18 quem não é de esquerda não tem coração, aos 40 quem não é de direita não tem razão".

A verdade é que eu tenho andado na direcção oposta. Aos 18 não tinha coração, e agora, apesar de ainda longe dos 40, tenho cada vez menos razão.

De certeza que não me vão ver a aplaudir os nossos líderes partidários de esquerda (nem num profundo estado de alucinação psicótica), e continuo a sentir-me de direita, mas duma direita mais consciente em termos sociais, com políticas activas de defesa dos mais desfavorecidos: em suma, uma direita com mais coração.

Ou pertencerei eu no fundo a uma "esquerda moderna" como a do semi-licenciado-em-engenharia-e-com-nome-de-filósofo-mas-longe-disso-José-Sócrates? Ou será que o conceito "esquerda moderna" foi tão forjado como o diploma de licenciatura? Ou será que o Sr. Barroso só diz baboseiras? Ou será que eu sou um indeciso que não sei o que digo e o que quero? Ou será que vocês que acabaram de perder alguns segundos da vossa vida a ler disparates?

The jury's out.

domingo, abril 01, 2007

O Grande Português?!

A vitória do Salazar no programa da RTP merece-me a seguinte análise:

1) A concorrência não era muito forte, não temos no nosso passado (e presente!) Portugueses tão Grandes como isso.
2) As gerações mais novas não compreendem bem o que é a ausência de liberdade
3) As gerações mais velhas têm um certo saudosismo por Salazar porque os líderes políticos desde então foram uma desgraça.
4) Para o povo Salazar foi um grande português, que dedicou a sua vida a tentar tornar Portugal um país melhor, mas que escolheu o caminho errado.
5) Um homem que, note-se, sucedeu a uma ditadura militar e viveu os últimos anos com graves danos mentais e perto da miséria.
6) Um líder dum regime totalitário moderado que nunca teve a mesma associação sangrenta que os seus “homólogos” Hitler, Mussolini ou Franco, e que aliás adoptou uma posição neutral na 2ª Guerra Mundial.
7) Na verdade a votação dos portugueses não implica uma vontade de regressar ao totalitarismo, é apenas o reconhecimento individual daquela que foi sem dúvida a figura mais marcante do séc.XX português (positiva e negativamente).
8) Se a votação tivesse recaído sobre um Rei, será que alguém se lembraria de criticar a escolha pelo facto deste ter liderado um regime monárquico?
9) Tenho mais dificuldade em compreender o 2º lugar do Estalinista Álvaro Cunhal, mas enfim… talvez a partir de certa altura a votação se tenha tornado numa guerra política entre esquerda e direita.
10) Os 10 Portugueses que chegaram à fase final do programa foram: Afonso Henriques, Álvaro Cunhal, Salazar, Aristides de Sousa Mendes, Fernando Pessoa, Infante D. Henrique, D. João II, Camões, Marquês de Pombal, Vasco da Gama. Dentro destes eu teria optado pelo D. Afonso Henriques ou pelo Infante D. Henrique. Não porque goste do nome Henrique(s) mas porque esses sim foram decisivos ou na nossa génese ou na nossa afirmação mundial. Sem Afonso Henriques não existiriam portugueses para se votar, e sem o Infante provavelmente não teríamos tido o período áureo dos descobrimentos.