Segundas Impressões
Isto de ter um barco que nos leva a uma praia numa ilha/peninsula (varia consoante a hora e a maré), muito tranquila, com grupos de tugas para não parecer que estou tão longe, a beber umas caipirinhas em cima da água, a jogar uma peladinha na areia, com grandes almoçaradas pelo meio tem um certo nível, e sabe mesmo bem depois de 5 dias das a bulir das 9h às 21h.
Já tenho restaurante para almoçar à pala comida angolana à descrição. Já tenho "pais adoptivos". Já conheço bem a maioria das pessoas com quem vou trabalhar nos próximos tempos. Ainda nem sequer comecei a telefonar ao pessoal que entrou na minha gloriosa lista de contactos Luandenses. Daqui a umas 2 semanas vou ver se combino um jantarzinho cá em casa.
Mais peças para os vossos puzzles: o centro de Luanda é relativamente limpo, com alguns jardins, os prédios em más condições mas muito a serem recuperados ou reconstruídos. Fora do centro há um perimetro de musseques (equivalente a favela brasileira) que são um bocado degradantes, mas onde vivem milhões e funciona uma 2ª economia incrivelmente dinâmica, com farmácias por todo o lado, oficinas, mercados, etc etc. Depois há um 2º perimetro entre 10-20km de distancia do centro com algumas zonas de empreendimentos ricos, mas que demoram horas para conseguir ir e vir a Luanda. E quando digo horas não estou a exagerar... nos dias bons são 2 horas para ir, 2 horas para vir. Daqui do centro ninguém me tira!
Aqui em casa é comum ficar ficar sem electricidade, ou ter picos de tensão. A maioria das casas ou prédios têm geradores para evitar ficar às escuras nesses periodos. E no material tecnológico é fundamental ter estabilizadores e UPS's senão vai tudo ao ar. A internet anda a passo de caracol a não ser que se pague um balurdio.
Já chega, se quiserem saber mais sobre Luanda vão ao google e investiguem.