De volta

Depois de 4 dias de reuniões alentejanas, intercaladas com corridas de karts, bebedeiras ao jantar, karaoke's de música pimba... regresso a Lisboa feliz.

Prometo aos milhões de leitores que vou dedicar mais atenção ao blog nos próximos dias. Até lá, deixo aqui mais um vídeo para elevar o karma.

DId I just say RADAMAN?

Hoje mais de mil milhões de muçulmanos do mundo celebram a entrada no nono mês do calendário islâmico, o famoso Ramadão. É um mês sagrado no qual os crentes devem renovar a sua fé, praticando a caridade de forma mais intensa, bem como a fraternidade e os valores familiares. Neste período exige-se uma maior proximidade aos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, frequência à mesquita, correcção pessoal e autodomínio.

O aspecto talvez mais mediático é o jejum que deve ser observado ao longo deste mês. Desde o alvorecer até ao pôr-do-sol os crentes devem abster-se de comer, fumar (sim turkish, inclui ganzas) e até de ter ou de pensar em relações sexuais. Parece-me quase tudo aceitável, mas... DE PENSAR EM RELAÇÕES SEXUAIS?!?!?!? Isso é fisiológicamente impossível! É como tentar espirrar de olhos abertos!

Deixo-vos com outro clássico de Family Guy, o Bin Laden a gravar um video de ameaças aos Estados Unidos.

Ahh... Good old days!

Um email que deu que pensar...

O ciclo da vida devia ser todo ao contrário:

Deviamos começar com a morte e despachar logo o assunto.

Depois acordávamos velhos mas a sentir melhor á medida que os dias passavam.

Nos primeiros anos de vida recebíamos uma reforma sem ter que mexer o cu, e quando a nossa saúde atingia níveis satisfatórios conseguíamos um emprego e recebíamos um relógio de ouro no primeiro dia de trabalho.

Entretanto trabalhávamos 40 anos até sermos suficientemente jovens para desfrutar a "reforma". Nesse período, durante a faculdade bebíamos muito alcóol, organizávamos festas, e atingíamos o auge da nossa promiscuidade, preparando-nos assim para o liceu.

Mais tarde tornávamo-nos crianças, jogávamos, não tinhamos qq tipo de responsabilidades... até chegarmos à fase de bebé.

Depois de um ciclo de 9 meses de luxo total, em paz, sossego, com aquecimento central e alimentação sem esforço numa espécie de spa, terminávamos a vida num orgasmo.

Quem prefere esta progressão?

Sim, eu sou ruim...

... mas a situação é hilariante e eu também não me aguentava.

Aqueles que já receberam a entrevista em tempos por email podem ver agora com legendas, e com explicações por parte do antigo apresentador do programa.

10 de Setembro: Dia Mundial para a Prevenção do Suicídio

Segundo a ONU, 1 milhão de pessoas suicida-se por ano. Vou repetir: 1 milhão! É o dobro dos habitantes da cidade de Lisboa, nas suas 53 freguesias... Por ano...

Cerca de 90% das pessoas que se suicidam têm problemas mentais que não foram diagnosticados ou tratados. Morrem mais pessoas por dia de suicídio do que por causa das guerras e de homicídios. Os suicídos estão normalmente relacionados com o stress/ansiedade, desemprego e problemas familiares.

Mas para terem uma ideia mais exacta, aqui vai um link para a tabela da Organização Mundial da Saúde com as diferentes taxas de suicídio no mundo.

Alguns números dão que pensar. Parece existir de facto uma correlação positiva (não absoluta) entre o desenvolvimento do país e a sua taxa de suicídio. Vejam este gráfico:



- O Brasil é um dos países com menor taxa de suicídio do mundo, o que é incrível se tivermos em consideração a destruição causada pelas altas taxas de desemprego e de homicidio. Supostamente o risco de suicídio é maior em períodos de crise individual, familiar e/ou socio-económica (perda de alguém querido, de honra, do emprego, etc). Mas nesse caso, como é que é possível o Brasil ter uma taxa tão baixa? O sol e o samba não explicam tudo...

- Nos ultimos 45 anos a taxa de suicídio mundial subiu 60%.

- Estes dois ultimos pontos fazem-me pensar no post do outro dia, e não digo isto a brincar: será que o nível de avanço tecnológico pode ser um factor cultural a influenciar esta taxa?

- Outro raciocinio interessante é que no limite do desespero, numas culturas suicida-se, noutras mata-se. Será que a diferença está no nível de compromisso cívico de cada povo? Dito assim até pode parecer um disparate, mas o sentimento comunitário e o respeito pelos outros podem direccionar-nos a pensar no suicídio como uma solução mais correcta que as alternativas.

- É estimado que em países como a China, a ingestão de pesticidas é responsável por 60%-90% dos suicídios.

- É curioso registar que as mulheres fazem mais tentativas de suicídio que os homens (3x) mas morrem menos mulheres porque quando tentam a sua taxa de "sucesso" é muito inferior (4x).

- É um mito dizer-se que os países nórdicos têm taxas de suicídio superiores ao resto do mundo. Supostamente este mito começou porque os suecos foram os primeiros a fazer estatísticas sobre o assunto e a partilhá-las com a opinião pública, e foi perpetuado pelo clima frio e os meses de escuridão. Qualquer que seja a sua génese, e apesar de terem taxas de suicídio elevadas, a afirmação de que elas possam ser superiores ao verificado no resto do mundo é completamente falsa.

- Os recordistas da lista são: Lituânia, Rússia, Bielorussia, Letónia, Ucrânia. Hmm... o que é que estes países têm em comum? Será que ainda têm polícias secretas do antigo regime a obrigarem as pessoas a escreverem notas de suicídio antes de lhes enfiarem um tiro na cabeça? É que isso estraga a estatística toda...

- Mas o que mais me perturba é a tendência etária do suicidio. Os jovens são uma fatia cada vez maior do bolo e o suicídio é agora uma das 3 principais causas de morte da faixa dos 15-44 anos.

Desculpem a seca. Quis aprender, para poder partilhar e sensibilizar.

"The real reason for not committing suicide is because you always know how swell life gets again after the hell is over" Ernest Hemingway. (Sim, ele acabou por se suicidar mais tarde, mas a frase é boa...)

Depressão Futebolística

Não sei porque é que ainda me deixo abater pelos resultados do SLB, já devia estar vacinado contra estas desilusões, e a verdade é que até esperava perder hoje.

Mas é impossível, não consigo evitar o sofrimento e não consigo esboçar um sorriso durante horas. No dia seguinte acordo como se nada fosse, mas até ao final do próprio dia fico clinicamente deprimido, diagnóstico feito por eminentes psiquiatras internacionais.

E se eu deixar de ver futebol...?

Family Guy - Dr. Sensibilidade

Non-apology apology...

... é um conceito muito utilizado na política e em relações públicas que consiste na articulação de um pedido de desculpas sem efectivamente assumir culpas ou responsabilidades pelo sucedido.

O exemplo clássico é o "Peço desculpa se ficou ofendido com os meus comentários". Neste caso o orador não só não assume qualquer erro nos comentários que proferiu, como também deixa no ar a insinuação de que o interlocutor estará a ser excessivamente sensível ou irracional na forma como lidou com os mesmos.

Penso que todos nós ao longo da nossa vida já utilizámos esse artificio argumentativo de forma mais ou menos consciente, mas em certos momentos prefiro fugir aos adornos, guardar as justificações e dizer uma só palavra: desculpa.

Weapon of Choice

Atendendo ao pedido de um dos milhões de leitores do blog, aqui vai o clip da música Weapon of Choice - Fatboy Slim:

Happy Hippo

Tou só a testar esta função do youtube. Escolhi este video em concreto para tentar trazer um sorriso aos milhões de leitores que diariamente procuram o meu blog. O meu obrigado para todos vós. (clicar no play para arrancar o video)

Necessidades Audíveis

Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, ano lectivo 2000/2001, aula teórica de Microeconomia. A docente da cadeira - que eu não vou dizer quem é nem vou comentar o rumor de que possa ter sido Maria do Carmo Félix da Costa Seabra, nascida a 27 de Janeiro de 1955 em Lisboa, Ministra da Educação do XVI Governo Constitucional de Portugal, Presidido por Pedro Santana Lopes entre 2004 e 2005 - coloca em funcionamento o microfone portátil, agarra-o à blusa e inicia a aula com uma explicação sobre a ficha de avaliação que os assistentes distribuíam. Depois de terminada a explicação, os alunos iniciam a execução da referida ficha e a docente ausenta-se da sala em direcção à casa de banho, cometendo um pequeno mas fatal equívoco: esquece-se de retirar o microfone.

Esse pequeno equivoco tem um determinado impacto sonoro que deixa o anfiteatro à beira dum ataque de riso mas que eu não vou confirmar se consiste numa mistura de estranhos registos fonéticos com o escorrimento de urina.

Lembrei-me deste episódio porque há uns dias atrás aconteceu algo parecido na CNN. A apresentadora Kyra Phillips foi à casa de banho com o microfone ligado e o som foi sobreposto a um discurso do Presidente Bush sobre o "aniversário" da passagem do furação Katrina. Aqui vai o texto da conversa, ouvido por milhões de pessoas:

Kyra Phillips: "–assholes–Yeah, I’m very lucky in that regard with my husband. My husband is handsome and he is genuinely a loving, you know, no ego–[unintelligible] you know what I’m saying. Just a really passionate, compassionate, great human being. And they exist. They do exist. They’re hard to find. Yup. But they are out there."

[unidentified woman]: ‘We’ll see. He’s going to come, you know, he’s set for an extended visit–[unintelligible]"

Phillips: "I mean, that’s, that’s how you figure it all out, those extended visits. [laughter]"

[unidentified woman]: "Yeah, but my mom, I think she really likes him."

Phillips: "Mom’s got a good vibe? Good."

[unidentified woman]: "Yeah, my brother’s the one that–[unintelligible]"

Phillips: "Brother–of course, brothers have to be, you know, protective. Except for mine. I’ve got to be protective of him."

[unidentified woman–unintelligible]

Phillips: "Yeah. He’s married, three kids, but his wife is just a control freak."

[unidentified woman #2]: "Kyra."

Phillips: "Yeah, baby?"

[unidentified woman #2]: "Your mic is on. Turn it off. It’s been on the air."

Se tiverem curiosidade podem pesquisar o video no youtube.com, e podem também ver a ida dela uns dias depois ao Late Show do David Letterman.

Antes de terminar queria apenas realçar a afirmação da Kyra de que existem homens "passionate, compassionate, great human beings". Prefiro não partilhar a minha opinião sobre este género de declarações, nem sequer vou confirmar ou desmentir o boato que corre na rua de que eu possa ter ficado absolutamente chocado, espantado e pasmado com a ingenuidade sem limites da mulher. Não vou...