Com a aproximação do Natal começam a aparecer os episódios mais ridiculos do ano por este mundo fora. Por exemplo,
um rapaz de 12 anos foi detido na Carolina do Sul por ter aberto o presente da avó antes do tempo. Dada a gravidade da situação, a mãe do rapaz fez queixa à polícia, o que é natural e compreensível. O que eu não consigo perceber é porque é que um pré-adolescente de 12 anos, com tanta experiência e maturidade, perde momentâneamente a cabeça e decide abrir o embrulho às escondidas.
É esta a educação que estamos a dar às nossas crianças? Entre os milhões de leitores do blog, apelo sobretudo aos pais para porem as mãos na cabeça e se consciencializarem que é absolutamente vital regressar à educação baseada na violência fisica e psicológica, porque essa sim vai transformar os vossos filhotes em grandes homens e mulheres. E sobretudo vai torná-los felizes para o resto da vida (sim, parágrafo irónico).
Também temos estórias de despedimentos de pais
natalis. Por exemplo,
no Harrods o Pai Natal de serviço resolveu abordar uma familia asiática e perguntar: "What are you doing here - shouldn't you be in Tesco?", para além de sugerir de forma depravada à irmã adolescente que se sentasse no seu joelho. Eu acho isto muito injusto porque a verdade é que ele não só recomendou uma loja MUITO mais barata, como ainda ofereceu uns segundos de descanso de pernas à coitada da rapariga que estava farta de passear pelas ruas de londres.
Elsewhere em Inglaterra, uma
professora foi também despedida, e mais uma vez apenas por dizer a verdade: explicou aos seus alunos que não existia Pai Natal, duendes ou fadas madrinhas. O artigo não diz a idade das crianças, o que é um facto importante. Mas pensando bem... qual é a idade certa para se contar a verdade? Aos 18? Eu soube mais cedo, aos 16. Mas sempre fui uma criança muito atenta e perspicaz.
Outro episódio: uma empresa Holandesa
criou um DVD que é suposto contornar o problema das pessoas que passam o Natal sozinhas. O DVD consiste num filme com diversos personagens, que comem, bebem e conversam. A ideia é muito bonita, mas de que forma é que isso vai confortar uma pessoa que passa o Natal sozinha? Os personagens saiem de televisão para ir às compras? Entregam os presentes? Cozinham o bacalhau? Embebedam-se até à exaustão? (ok, esta última é só na minha família).
A conclusão óbvia é que o Natal é uma época que tem muitas coisas positivas, como o companheirismo, a solidariedade, os valores familiares, a vontade de fazer sorrir o próximo... mas infelizmente a estupidez vem em anexo.
Queria terminar com uma estória natalícia muito sentimental que um dia o Sr. Arquitecto me contou. É a explicação de como apareceu o conceito do anjinho no topo da árvore:
Há muitos anos, na véspera de Natal, o Pai Natal estava aflito porque ainda não tinha embrulhado as prendas todas, tinha uma rena constipada e outra coxa.
Desesperado, decidiu ir beber um copo, mas quando chegou à adega não encontrou nada. Voltou à cozinha para comer qualquer coisa mas os ratos tinham comido tudo.
E como se tudo isto não bastasse, foi informado pela mulher de que a sogra ia passar o Natal lá a casa...
O Pai Natal passou-se!
No meio daquele desespero, ouviu alguém bater à porta.
Com a pressa de ir abrir, tropeçou, bateu com a cabeça na esquina duma mesa, e começou a sangrar abundantemente.
Já verde de raiva, lá abriu a porta e deu de caras um anjinho que lhe disse, com uma voz angelical:
- Olá Pai Natal! Boas Festas! Venho visitar-te nesta quadra tão feliz, cheia de paz e amor. Trago-te aqui esta árvore de Natal. Onde é que queres que a meta?