Noite de 80's
Começou com a aparelhagem em casa da quarentona e continuou no carro da boleia. Depois um bom concerto de Nouvelle Vague, intimo, sexy, melódico, mas que apenas correspondeu às expectativas. Depois veio a grande surpresa. Uma festa de retro 80's no Ateneu cuja perspectiva era "vamos lá ver como é, se for mau desperdiçámos só 3 euros".
Quando lá chegámos já passava 1 hora do tempo previsto para o início da festa, chegámos ao porteiro que respondeu qq coisa como "ainda não começou, estamos à espera do homem que trata do som. pedimos desculpa pelo imprevisto". Ao que eu respondi "tranquilo amigo, isto nos anos 80 estava sempre a acontecer". Estava em consonância com o espirito da festa.
Fomos beber umas imperiais a uma daquelas cervejarias na rua do coliseu que recebem centenas de turistas por dia e onde não havia um unico empregado que conseguisse sequer esboçar um sorriso. Não fomos ao indiano por causa da música de fundo e porque suspeitei que a imperial pudesse ter um sabor diferente, mas se calhar os empregados eram mais simpáticos.
Regressámos ao Ateneu, e para nossa surpresa deparamo-nos com uma fila gigante, de dezenas de metros, centenas de pessoas. Totalmente inesperado e contra as nossas expectativas... donde é que vieram aquelas pessoas todas?? Alguns vestidos a rigor, incluindo óculos escuros à "eighties movie".
O espaço era um pavilhão enorme, muito alto, com projectores instalados por cima dos cestos de basquete virados para as paredes laterais, os focos de várias cores a uns 10 metros de altura a apontar pra pista (leia-se, o pavilhão inteiro), o som esteve excelente, grandes clássicos dos anos 80 cheios de energia, incluíndo hits portugueses, tudo dentro do espirito duma festa que mais parecia de final de liceu nos states. As imperiais a 80 cêntimos incentivavam o seu consumo em pares, a aquisição em massa.
Felizmente estavam a controlar o número de pessoas, o pavilhão estava cheio mas tinha o espaço suficiente para se poder dançar e passear até ao bar ou à casa de banho. Quando fomos embora ainda havia imensa gente a querer entrar. Segundo o relato de uma fonte relativamente credível - uma ausência inesperada - e a julgar pelo que se passava à porta, a festa era "a mais badalada do mundo!".
Isto tudo para concluir duas coisas: 80's são fixes (esta foi profunda) e a forma como vivemos a vida tem fundamentalmente a ver com a gestão das expectativas. Se aprendermos a moderar as expectativas, sem atingir o ponto de falta de ambição ou pessimismo insustentável, sorrimos mais vezes que os outros. Se tivermos permanentemente as expectativas muito elevadas talvez consigamos fazer mais coisas, mas desiludimo-nos mais vezes que os outros. Agora escolham.
Quando lá chegámos já passava 1 hora do tempo previsto para o início da festa, chegámos ao porteiro que respondeu qq coisa como "ainda não começou, estamos à espera do homem que trata do som. pedimos desculpa pelo imprevisto". Ao que eu respondi "tranquilo amigo, isto nos anos 80 estava sempre a acontecer". Estava em consonância com o espirito da festa.
Fomos beber umas imperiais a uma daquelas cervejarias na rua do coliseu que recebem centenas de turistas por dia e onde não havia um unico empregado que conseguisse sequer esboçar um sorriso. Não fomos ao indiano por causa da música de fundo e porque suspeitei que a imperial pudesse ter um sabor diferente, mas se calhar os empregados eram mais simpáticos.
Regressámos ao Ateneu, e para nossa surpresa deparamo-nos com uma fila gigante, de dezenas de metros, centenas de pessoas. Totalmente inesperado e contra as nossas expectativas... donde é que vieram aquelas pessoas todas?? Alguns vestidos a rigor, incluindo óculos escuros à "eighties movie".
O espaço era um pavilhão enorme, muito alto, com projectores instalados por cima dos cestos de basquete virados para as paredes laterais, os focos de várias cores a uns 10 metros de altura a apontar pra pista (leia-se, o pavilhão inteiro), o som esteve excelente, grandes clássicos dos anos 80 cheios de energia, incluíndo hits portugueses, tudo dentro do espirito duma festa que mais parecia de final de liceu nos states. As imperiais a 80 cêntimos incentivavam o seu consumo em pares, a aquisição em massa.
Felizmente estavam a controlar o número de pessoas, o pavilhão estava cheio mas tinha o espaço suficiente para se poder dançar e passear até ao bar ou à casa de banho. Quando fomos embora ainda havia imensa gente a querer entrar. Segundo o relato de uma fonte relativamente credível - uma ausência inesperada - e a julgar pelo que se passava à porta, a festa era "a mais badalada do mundo!".
Isto tudo para concluir duas coisas: 80's são fixes (esta foi profunda) e a forma como vivemos a vida tem fundamentalmente a ver com a gestão das expectativas. Se aprendermos a moderar as expectativas, sem atingir o ponto de falta de ambição ou pessimismo insustentável, sorrimos mais vezes que os outros. Se tivermos permanentemente as expectativas muito elevadas talvez consigamos fazer mais coisas, mas desiludimo-nos mais vezes que os outros. Agora escolham.
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